Nem só Jokanaan perdeu a cabeça por Salomé

Tina Tude, diretora de produção da 1ª temporada

Tina TudeNem só Jokanaan perdeu a cabeça por Salomé; nós, da equipe, também. Tanto em sentidos quanto por motivos diversos. O elenco, pelo elaborado trabalho de pesquisa e composição; a equipe de criação, pelas longas e diversas reuniões na busca de adequar todas as colaborações criativas à estética eleita; os apoiadores, provavelmente, por nossa determinação em agregar ao projeto marcas, produtos e serviços que fossem compatíveis com o perfil da encenação e eu, particularmente, pela inovação em meu repertório pessoal, acadêmico e profissional. Claro que também perdi a cabeça por encantamento, entusiasmo e um misto de certa angústia e pavor por esse convite-decreto logo que fui abordada por Maia, que, com autoridade que só os grandes comparsas ostentam, apenas comunicou que eu assumiria o empreendimento.

Então, eu, que sequer acabara de me convencer da condição de atriz, lancei-me ao desafio da produtora. Mas não sem o respaldo das parcerias que elegi para a vida e o trabalho, como Luiz Marfuz, minha referência primeira em rigor e disciplina; Harildo Déda, consultor de todas as horas e funções (mesmo quando eu forjava uma mera conversa de jardim); Amanda Maia e Ráiden Coelho, que transitam livremente entre o mais sublime de meu afeto, confiança plena e admiração; Léo Azevedo, cuja cumplicidade, entrega e prontidão me seduziram para além do deleite visual a que nos convida sua destreza e sensibilidade e, por fim, uns tantos encontros sutis que transportei da vida cotidiana ou para ela, como Ângelo Santiago, Suria Neiva, Antônio Fábio, Sandro Rangel, Hamilton Lima, Jane Santa Cruz e Cristiane Araújo. O que aqui se encerra é a primeira etapa de uma jornada que pretendemos longa e proveitosa e, para mim, desde sempre, inebriante.

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