Metal e seda. Oriente e heavy metal. Sonho e sangue. Sagrado e profano. Desejo e espírito. O contraste, o embate, a essência barroca do ser humano. Salomé é a mulher que envenena os homens com sua beleza. Jokanaan é o homem santo. O desejo a devora na mesma proporção em que a fé o sustenta. Não há vencedores. Jokanaan paga com a morte a firmeza de sua crença. Salomé não pode ter um homem morto. Se a busca é pela recompensa, então só resta ser o que se é. Ser fiel a si mesmo até as últimas conseqüências, e a morte chegará. Certa. Sedenta.
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Este texto é a síntese de toda a minha concepção de Salomé, de Oscar Wilde.
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